sábado, 29 de setembro de 2012

Loucos - Maryjoe


Olá pessoal!

Gostaria de compartilhar com vocês uma música que me toca sempre que a escuto! E a escuto todos os dias!
A sua história, segundo a banda é a seguinte: 
"A música é de autoria do Fabrauto Simões vocalista e guitarrista da banda Maryjoe. O Fabrauto é graduado em Enfermagem e durante um estágio acadêmico que ele fez em uma instituição psiquiátrica ele compôs esta música. Na verdade cada frase da canção se refere a uma pessoa que ele conheceu e ao seu estilo de vida dentro da instituição. Segundo o Fabrauto, a sua intenção foi mostrar que as pessoas chamadas de LOUCAS, na verdade são seres humanos que não tem estrutura psíquica para aceitar e conviver com as regras sociais impostas de certa forma pela maioria. O que não impede essas pessoas de terem reações idênticas às pessoas consideradas NORMAIS."

Link do site da banda com os áudios (Loucos é a segunda música):
Link para áudios no site da banda


Estou atualizando o link do myspace, pois em está dando problemas em navegadores diferentes:
Perfil da banda no Myspace, com link para "Loucos".

Espero que algum dos caminho funcione!


Espero que curtam!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Paulinho da Viola - Filosofia (Noel Rosa)


Trecho do Documentário - "Paulinho da Viola - Meu Tempo É Hoje"
Lançamento 2003
Direção - Izabel Jaguaribe
Filosofia
Composição: Noel Rosa

O mundo me condena, e ninguém tem pena 
Falando sempre mal do meu nome 
Deixando de saber se eu vou morrer de sede 
Ou se vou morrer de fome 
Mas a filosofia hoje me auxilia 
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga 
Que a sociedade é minha inimiga 
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia 
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia

Para os que estiverem interessado no em ver o documentário
 Paulinho da Viola - Meu Tempo é Hoje (2003)
Documentário dirigido por Izabel Jaguaribe, é um perfil afetivo do cantor, instrumentista e compositor. 
O filme mostra seus mestres e amigos, suas influências musicais e percorre sua rotina discreta e muito peculiar, em suas atividades e hábitos desconhecidos dos grande público. Mas a grande revelação vem das reflexões do músico sobre um único tema: o tempo. Em vários versos ele canta: "Só o tempo ajuda a gente a viver"; "Amor, repare o tempo enquanto eu faço um samba triste praa cantar"... 
Há ainda encontros musicais memoráveis com Marina Lima, Eltom Medeiros, Zeca Pagodinho, Marisa Monte e a Velha Guarda da Portela.


Noel Rosa - Filosofia

Filosofia

O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia

Nietzsche: A morte de Deus

Olhando o blog do Laboratório de Sensibilidades/UNIFESP, achei legal e resolvi compartilhar com vocês.


E para ler "Deus não morreu. Ele tornou-se Dinheiro". Entrevista com Giorgio Agamben, basta acessar o link abaixo:
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/512966-giorgio-agamben

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Tese de doutorado - Reginaldo Moreira -Projeto Maluco Beleza: a comunicação como dispositivo terapeutizante de (re)significação de sentido de vida, no contexto da reforma psiquiátrica


Abaixo segue o link da tese de doutoramento do Régis. 
A pesquisa apresenta um novo conceito de comunicação: a comunicação terapeutizante. O novo termo é fruto da investigação da aplicabilidade das tecnologias de comunicação em rádio vivenciadas pelos usuários da saúde mental, participantes do Projeto Maluco Beleza, localizado no Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, na cidade de Campinas, interior de São Paulo. A comunicação terapeutizante tem demonstrado ser uma importante ferramenta de (re)significação de sentido de vida para os portadores de sofrimento mental inseridos no projeto de comunicação do Ponto de Cultura Maluco Beleza. Após participarem do projeto, os usuários se capacitam para a comunicação, para expressarem suas ideias por meio do rádio. Esse processo os incentiva a retomarem as redes de conexão que estavam esquecidas, ou não acionadas, e restabelecerem novos meios de convívio social, dentro do contexto de Reforma Psiquiátrica pelo qual passa a instituição pesquisada. A pesquisa tem como objetivo a investigação da nova possibilidade de comunicação aplicada, como dispositivo aos cuidados da saúde mental alternativa e complementar. O recurso comunicacional, disponibilizado no Projeto Maluco Beleza, representa uma forma de ressarcimento do direito de expressão, que, por longos anos, foi negado aos portadores de sofrimento mental, confinados nos pátios dos manicômios e privados dos direitos fundamentais para a construção de uma vida minimamente digna. A comunicação empregada nos programas produzidos para a veiculação na Rádio Educativa de Campinas e na Rádio Maluco Beleza online, revela uma alternativa complementar à rede de cuidados aos usuários da saúde mental, com efeitos terapeutizantes na vida dos participantes, que, na maioria das vezes, retomam eixos norteadores de suas vidas, num processo de (re)significação de suas trajetórias. A pesquisa é legitimada pela narração do saber militante do pesquisador implicado nesse processo, por meio da utilização da metodologia cartográfica. A cartografia, aplicada na vida de uma das participantes do projeto, revelou a importância que a comunicação possui em sua história. Outros participantes do projeto, como usuários, funcionários e pessoas da comunidade, também colaboraram com depoimentos que corroboram para os efeitos terapeutizantes dessa nova aplicabilidade de comunicação, por meio da retomada do sentido e da (re)significação de vida, que se dá pela comunicação.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Poesia - Fátima Lima




“No invisível dos olhos
Mora a des-razão
onde a retina não atinge
onde não é retidão
No invisível dos olhos
...
Mora a paixão
Se não vejo
Não nomino
Só sinto
Feito cego tateando tempestades...”

Imagem: May Ray

domingo, 23 de setembro de 2012

Twitcam com Emerson Merhy -Saúde Nas Eleições YouTube


Licença de atribuição Creative Commons (reutilização permitida)

Twitcam com Emerson Merhy (professor titular da UFRJ) promovida pelo Blog Saúde Brasil em parceria com o Cebes, a terceira do ciclo "A Saúde nas Eleições 2012".

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Adios Nonino - Astor Piazzolla


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Astor Piazzola interpreta "Adios Nonino" con la Sinfónica "Cologne Radio Orchestra" de Alemania.
Extraído del documental "Astor Piazzolla: The Next Tango"

Freddie Mercury and Montserrat Caballe - How can I go on

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Freddie Mercury e Montserrat Caballe
Como posso continuar 

"Eu sei, mas não devia" de Marina Colasanti recitado por Antônio Abujamra no Provocações:


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. 

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

A Maior Flor do Mundo - José Saramago

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E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
José Saramago

Historias da unha do dedão do pé do fim do mundo


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Poemas de Manoel de Barros. 
Desenhos de Evandro Salles. 
Vídeo integrante da exposição "Arte para Crianças".

Abujamra lê Poema de Manoel de Barros.

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A poesia está guardada nas palavras - é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não entender quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não cultivo conexões com o real.
Para mim, poderoso não é aquele que descobre ouro,
Poderoso para mim é aquele que descobre as insignificâncias do mundo e as nossas.
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei muito emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.
 Manoel de Barros

Cássia Eller - O segundo sol

O Segundo Sol
Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com assombro exemplar
O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa
Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com assombro exemplar
O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa
Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse você disse
E eu não pude acreditar
Mas você pode ter certeza
De que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia sem explicação
Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com assombro exemplar
O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa
Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, você disse
E eu não pude acreditar
Mas você pode ter certeza
De que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia sem explicação
Seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia sem explicação
Explicação, não tem explicação
Explicação, não
Não tem explicação
Explicação, não tem
Não tem explicação
Explicação, não tem
Explicação, não tem
Não tem




domingo, 16 de setembro de 2012

Dissertação de Mestrado - Kathleen Tereza da Cruz - A formação médica no discurso da CINAEM



Dissertação de Mestrado apresentada à Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.


“Os teimosos são os sublimes. Quem é apenas bravo tem só um assomo, quem é apenas valente tem só um temperamento, quem é apenas corajoso tem só uma virtude; o obstinado na verdade tem a grandeza. Quase todo o segredo dos grandes corações está nesta palavra: perseverando. A perseverança está para a coragem como a roda para a alavanca; é a renovação perpétua do ponto de apoio.”
V. Hugo

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Chauí: “O que a mídia brasileira faz é a violência cotidiana”

Vi o blog VIOMUNDO do Luiz Azenha no espaço Denúncias, três vídeos da Marilena Chauí que coloca que "o que a mídia brasileira faz é violência cotidiana", publicado em 11 de setembro de 2012 às 1:41, e achei interessante compartilhar com este coletivo.



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Para ver diretamente no blog VIOMUNDO de Luiz Azenha

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Maluco Beleza comemora dois anos de Rádio Online com nova programação e cursos



A Rádio Online Maluco Beleza foi inaugurada em setembro de 2010, como uma concretização de um antigo sonho. Desde o início do projeto de comunicação no Cândido Ferreira, em 2002, a ideia era criar uma rádio que veiculasse uma programação produzida pelas pessoas ligadas à saúde mental. Hoje, a Maluco Beleza Online mostra seu vigor, com uma grade de 25 programas, a maioria deles com duração de 30 minutos, protagonizados por usuários, trabalhadores e familiares da saúde mental, além de outras iniciativas de diversos grupos sociais da cidade. A programação vai ao ar 24h, diariamente, através do endereço:
Neste semestre, o Ponto de Cultura conta com uma programação diversificada, contemplando diferentes linguagens e expressões artísticas. A informática continua sendo uma das áreas abrangidas, com as oficinas de letramento digital e de redes sociais. O cinema é contemplado na oficina Pedagogia da Imagem, no MIS, e no curso de documentário. A música também está presente, com as oficinas de Viola Caipira, de Trilhas Sonoras e o Videokê. Além disso, acontecem as oficinas de rádio e tv para a terceira idade e a oficina de Teatro. As oficinas de fotografia neste semestre acontecem nos Centros de Convivência Casa dos Sonhos, Rosa dos Ventos e Espaço das Vilas, e no CAPS Ad Antônio Orlando. 
O Maluco Beleza foi criado em 2002, com o objetivo de diminuir o preconceito relativo à loucura, mostrando novas possibilidades de tratamento e de convivência com as diferenças e com os diferentes. O Programa Maluco Beleza é o resultado de uma parceira entre o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira e a Rádio Educativa de Campinas, que veicula mensalmente o programa produzido pelos participantes, com uma hora de duração.
No ano de 2008, o projeto foi reconhecido pelo Ministério da Cultura como Ponto de Cultura, ligado à Prefeitura da cidade de Campinas. A partir deste momento, as ações de rádio se ampliaram. Além de vários cursos de capacitação destinados aos usuários da saúde mental e comunidade, um estúdio e uma sala de inclusão digital foram instalados no Cândido.
No final de 2009, o projeto foi selecionado entre os 300 Pontos de Cultura do Estado de São Paulo e ampliou suas ações para a produção audiovisual. Foi inaugurada uma ilha de edição digital e o projeto passou a oferecer cursos de audiovisual para os participantes e a comunidade em geral.


Logo abaixo, estão as sinopses dos programas da rádio online e a programação de cursos. Para mais informações, entre em contato com a assessoria de comunicação. Fones: (19) 3758-8615, 7815-2906 (José Siqueira) e 7813-3276 (Régis Moreira).

Para consultar a sinopse dos programas e a programação dos cursos, consulte a site:



domingo, 9 de setembro de 2012

Dissertação de Mestrado - LUIS CLAUDIO DE CARVALHO - A DISPUTA DE PLANOS DE CUIDADO NA ATENÇÃO DOMICILIAR





Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Linha de Pesquisa Micropolítica do Trabalho e do Cuidado em Saúde defendida em 2009.

Orientadores:

Dissertação de Mestrado - PAULO EDUARDO XAVIER DE MENDONÇA - (LUTA) EM DEFESA DA VIDA: tensão e conflito, reconhecimento e desrespeito nas práticas de gestão do Sistema Único de Saúde.





Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Linha de Pesquisa Micropolítica do Trabalho e do Cuidado em Saúde defendida em 2008.

Orientadores:
Emerson Elias Merhy
Marcelo Gerardan Poirot Land 


Link:
https://db.tt/SfMQwhMD