quarta-feira, 30 de março de 2016

Imperdível!

Agires militantes, produção de territórios e modos de governar. Conversações sobre o governo de si e dos outros




Resumo da obra: O presente estudo analisa os agires militantes de gestores em saúde e os territórios vivenciais forjados para si e para outro a partir de suas práticas, isto é, seus modos de governar. É realizado através desenvolvimento de uma cartografia que percorre duas experiências governamentais vivenciadas pela autora como gestora em duas secretarias de saúde, uma municipal (2004-2006) e outra estadual (2007-2010). É um texto autobiográfico, no sentido de analisar a vivência implicada da autora nesses governos, tomando-as não como uma individualidade, mas como a singularidade do modo como atravessam o seu corpo, as forças de um determinado contexto histórico. Forjam-se os conceitos-ferramenta “avaria” (analisador), “bússola visceral” e “Caixa de Ferramentas para Sentintes” (meus guias) que possibilitam percorre as vivências e os desconfortos do exercício do poder formal de governar nessas experiências, o que permite dar visibilidade e dizibilidade para ao lugar negativo que se produzia para o outro e às repercussões negativas desse tipo de política na fabricação dos coletivos gestores em organizações de saúde. Como efeito ocorre uma torção do olhar e da existência da autora, avariando-se a perspectiva instrumental que no encontro agenciava seu agir militante, construindo linhas de fuga dos territórios instituídos da gestão em busca da fabricação de outros mundos para as organizações em saúde que sejam agenciadas pela perspectiva que toma o outro como alteridade para si e não como coisa a ser manipulada.